A Ferrari revelou os detalhes da tecnologia empregada em seu primeiro carro 100% elétrico, mas afirmou nesta quinta-feira (9) que os modelos a combustão e híbridos continuarão sendo prioridade em sua linha de produção pelo menos até 2030.
Chamado de Elettrica, o modelo elétrico deve ser lançado oficialmente apenas em 2026. Durante um evento realizado na sede da montadora, em Maranello, no norte da Itália, a Ferrari apresentou o chassi pronto para produção — uma estrutura equipada com bateria e motores elétricos, ainda sem rodas ou acabamento externo.
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O chassi é formado por 75% de alumínio reciclado da mesma liga usada pela marca, enquanto o conjunto de baterias está posicionado na área mais baixa possível, melhorando o centro de gravidade e a estabilidade do esportivo. A estrutura também traz uma seção independente na parte traseira, projetada para diminuir vibrações e ruídos durante a condução.
Motor elétrico do carro da Ferrari
O veículo contará com quatro motores elétricos, dois em cada eixo, que utilizam componentes derivados dos carros da Ferrari na Fórmula 1, adaptados para aplicação em um veículo de produção em série.
A Ferrari, entretanto, segue com uma estratégia mais cautelosa em relação à eletrificação total. A nova meta para 2030 prevê uma linha composta por 40% de modelos a combustão, 40% híbridos e 20% elétricos, invertendo o planejamento de 2022, que previa 40% elétricos, 40% híbridos e 20% a gasolina.
Motor | elétrico, dois por eixo |
Potência: | 1.000 cv |
0 a 100 km/h: | 2,5 segundos |
Velocidade máxima: | 310 km/h |
Bateria: | 122 kWh |
Câmbio: | Automático |
Autonomia: | 530 km |
A fabricante informou ainda que pretende lançar em média quatro novos modelos por ano entre 2026 e 2030, mantendo o ritmo de inovação que tem impulsionado o interesse dos clientes de alto poder aquisitivo e ampliado sua base global de consumidores.
Com a nova Ferrari Elettrica, afirmamos mais uma vez nossa vontade de progredir, unindo a disciplina da tecnologia, a criatividade do design e a arte da fabricação”, disse o presidente da Ferrari, John Elkann
A Elettrica se somará aos modelos tradicionais a gasolina e aos híbridos mais recentes da marca. De acordo com a Ferrari, todos os componentes estratégicos do novo elétrico — como as baterias de alta tensão, eixos eletrônicos e inversores — serão projetados e fabricados internamente na nova unidade voltada à produção elétrica em Maranello.
Fontes próximas à empresa disseram à Reuters no início deste ano que a Ferrari não pretende lançar um segundo veículo elétrico antes de 2028, citando a demanda limitada por carros elétricos de luxo e alto desempenho.
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